domingo, 30 de março de 2008

O pedido da velinha

Todo ano eu sopro pelo menos uma velinha no bolo do meu aniversário. Esse ano, foram dois bolos. Com isso, eu poderia ter feito dois pedidos diferentes, mas não por medo de não ter os dois atendidos ou pra reforçar, e sim simplesmente por só querer a mesma coisa, eu refiz exatamente o mesmo. A mesma coisa. Eu quero, e quero muito, a mesmíssima coisa.

Não, eu não pedi um estágio legal, algo de que muito preciso no momento. Isso eu acho que depende da minha capacidade, e não de sorte.

Não, eu não pedi pra ter a pessoa amada em três dias. Tô sem ela há meses e acredito que se tiver que ser isso mesmo, vai ser independente de pedidos da velinha.

Não pedi um coração vazio pra receber um novo alguém porque sei que isso mais dia, menos dia vai acabar acontecendo, caso a situação acima não aconteça.

Não pedi pra ser feliz nem abençoada, porque nisso eu sou eternamente agradecida, e foi onde eu repeti o pedido. Que momentos como esses, com as pessoas que amo comigo, possam ser repetidos sempre, em todos os dias da minha vida.

Pronto, é só isso que eu quero. Que eles estejam comigo na risada, na bagunça, nas dificuldades, nos conselhos que eu não quero ouvir e quando eu acho que sozinha não consigo. Quero todos eles pra me dizer que eu sou capaz.

Amém.

quarta-feira, 26 de março de 2008

Meu aniversáaaario

Hoje eu faço 22 anos e pretendo receber MUITOS parabéns. Adoro fazer aniversário e não, não acho que 'somente fico mais velha', visto que isso acontece todos os dias. Porém, somente 26 de março o dia é MEU porque foi quando minha mãe ficou super feliz e meu pai super bolado porque eu poderia ter sido um menino. Só que eu cresci, entendo mais de futebol do que ele, sou o orgulho do meu avô, o carinho especial da minha avó e certamente alguém que muita gente ama, independente das minhas merdas, besteiras e erros cometidos. É hoje que essas pessoas mais me demonstram tudo isso, o que me deixa ainda mais feliz do que eu já sou todos os dias da minha vida.

Eu adoro fazer aniversário! :)

Ainda mais esse ano, que posso dizer DOIS PATINHOS NA LAGOA ou que minha idade condiz com meu estado mental. Hahaha!

Deixem-me os parabéns, quero ler muitas mensagens!

Beijo!

terça-feira, 18 de março de 2008

Por quanto tempo mais?

A gente nunca sabe quando. O tempo que se leva pra se adaptar. A um colégio, uma faculdade, um trabalho, um país. Prédio novo, cidade nova, aquele cursinho. É isso mesmo? Tô feliz aqui, me encaixo no perfil? Quanto tempo a gente demora pra saber?

A gente nunca sabe quanto. O tempo que se leva pra perdoar. Perdôo o que, quando esqueço? Quando a raiva passa e vira mágoa, ou no meio disso tudo? Perdôo quando? E se for imperdoável, quando e como saber? Traição, tem nível pra perdão? E mentira, depende do que pra gente perdoar?

A gente nunca sabe quando. Quando basta de empurrar com a barriga, quando a gente já realmente não agüenta mais, não se vê feliz ali. No emprego, naquela profissão, naquele curso da faculdade, na relação a dois. Naquele apartamento, quando mudar? Só quando achar um novo? E se o namorado novo não aparecer enquanto você tiver o velho?

A gente nunca sabe quando. O tempo que demora pra esquecer, e se não pra esquecer, pra deixar pra lá. Quanto tempo demora até que a gente consiga virar a página? Será que a gente sabe que tem mesmo que começar do zero, largar tudo pra trás? E se sabe, quando? Dá-se prazos.

Se em seis meses eu não me adaptar, volto pro Brasil. Se achar essa casa muito ruim, saio nos primeiros três meses. Um ano e meio e eu sei se gosto dessa faculdade. Mentira perdoa-se uma vez, talvez duas. Traição, depende da minha consciência e da paz que posso perder.

E por quanto tempo mais você?

quarta-feira, 12 de março de 2008

Novidades

Te tenho com a certeza de que você pode ir. Te amo com a certeza de que irá voltar, pra gente ser feliz. Você surgiu e juntos conseguimos ir mais longe. Você dividiu comigo a sua história e me ajudou a construir a minha. Hoje mais do que nunca somos dois. A nossa liberdade é o que nos prende. Viva todo o seu mundo, sinta toda liberdade, e quando a hora chegar, volta... Que nosso amor está acima das coisas desse mundo. Vai dizer que o tempo não parou naquele momento? Eu espero por você o tempo que for pra ficarmos juntos mais uma vez.

Tá, eu acho Jota Quest meio chatinho, mas ler essa letra HOJE, me deixou meio de cara. Eu imaginava, mas não sabia que quando a gente passava pelas coisas pela primeira vez, mudava tanto de pensamento, conceito e príncipio. Ok, príncipio eu posso até estar exagerando, mas muito longe disso a gente não passa. Se vê pensando, fazendo e até exigindo coisas que nunca nos imaginaríamos fazendo há um tempo atrás. É estranho, confesso que é MUITO estranho. Se pegar pensando em conselhos que nunca deu, e fazendo tudo o contrário do que sempre pregou. Pra mim, que sou a rainha dos conselhos amorosos (pros outros), tô é me saindo uma bela de uma canastrona, pagando pra ver, mordendo a língua e quebrando meu teto que, CLARO, era de vidro o tempo todo e só eu não sabia.

Reconstruindo conceitos. Sei lá se isso é bom, se isso é crescer, se isso é experiência da boa ou da ruim. Só sei que é coisa nova, que tô meio perdida, meio me achando, meio feliz.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Dói

Dói a saudade.
Doem os beijos que não posso mais te dar.
Dói o abraço que não sinto mais, a mão que conhece a minha, a aliança que parei de usar no dedo anelar.
Dói o telefone que ainda sei de cór, mas não ligo, e dói que você também sabe o meu e não liga pra eu te ouvir dizer 'alô'.
Dói o 'eu te amo' preso na garganta querendo dizer; dói o nó que se forma quando ao invés de falar eu engulo - e me calo.
Doem as lembranças que restaram na memória de nós dois.
Dói tentar lembrar e ver que não consegue mais; dói tentar esquecer e perceber que é impossível.
Dói carta recebida, palavra não dita.
Dói reler bilhete e se perguntar como deixamos de ser o amor da vida do outro.
Dói sentir que perdi o amor da minha vida - e a agonia de não saber se ainda sou o amor da sua.
Doem os momentos que a foto registrou e a minha incapacidade de ter todos eles de volta.
Dói saber que o tempo não volta, e dói a vontade de fazê-lo ser maior que a razão.
Dói saber que de amor ninguém morre, mas dói se ver morrendo por dentro.
Dói ter que mudar a rotina.
Dói tapar os buracos que você deixou na minha vida.
Dói evitar te ver pra que não doa mais.
Dói ter que apagar a história que eu queria escrever pra sempre.
Dói ver o pra sempre chegar ao fim.
Doem os pensamentos que não cessam, a imaginação que atormenta e os sonhos que não viram realidade.
E dói o meu pior pesadelo ter acontecido de verdade.
Dói, e dói devagar cada uma dessas dores. Mas o que dói mais, de tudo que vem doendo, é não saber se um dia acho outro VOCÊ - e morrer se souber que você achou uma outra EU.