sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Devaneios parte III

Porque tem dias, como hoje, que eu me arrependo. De todas as coisas que eu te disse, e de todas que ficaram engasgadas. Engoli todas elas, que volta e meia me aparecem, loucas pra dizer. Mas eu não deixo elas te falarem que eu ainda gosto de você. Não acho que você tenha que saber. Não que eu ainda ache que te amo, é que me arrependo, vez ou outra. Como hoje. É uma mistura de sentimento, de ódios. Eu penso em todas as coisas que você me disse - nenhuma eu queria ouvir. Penso no que você podia ter me dito, e no tempo que já passou demais pra esquecer um ano. Foi tanta coisa que mudou, que confesso: me assusta quase nada ter mudado aqui dentro. Pelo menos em dias como hoje, que eu já nem me esforço pra não lembrar; esqueço que prometi evitar falar de você. Dane-se. Tem dias que já não faz a menor difereça o que passou, o tempo que foi junto e tudo que mudou também. Mudou mesmo? Será que você usa máscara, como eu? Se esconde atrás do silêncio, enquanto eu fujo nas palavras? Tenho medo que você me leia, e tenho medo que não. Lendo, você pode pensar que sou teatral, coisa de artista. Que tô fingindo dor em prosa, texto, em poesia. E me deixe pra lá, maldita que brinca com o sentimento alheio. Mas não lendo, você pode me ver e achar o que eu quero achem. 'Tudo bem, tudo indo. Sofrer faz parte, tô em outra.' Só você pode saber que não. Será que você sabe? Porque eu não sei de você. Tenho medo de ver que você tá melhor sem mim, e me olhar no espelho vendo que tô pior sem você. E pavor de saber que você tá como eu, e não faz nada pra voltar. Como eu.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Aqui eu escrevo, mas também sei falar!

Bom, aqui é meu espaço pra falar sobre devaneios, reais ou não, meus ou não, sinceros ou não muito - quase sempre exagerados. Quem me conhece que o diga. :) Gosto de aparentar o que não sou. É bom que as pessoas precisam ser nada preconceituosas pra me conhecerem a fundo.

Como todos - ou quase todos - que me lêem aqui sabem, eu faço jornalismo. Se Deus quiser, me formo no final do ano que vem.

Enquanto isso, venho fazendo estágios e aprendendo cada dia mais.

Nessas, estou fazendo parte da equipe de esportes na Rádio Transamérica. Faço reportagens, dou notícias e placares de jogos simultâneos no ar, leio e-mails e atendo telefonemas de ouvintes.

É, você vai ouvir a minha voz: é a voz feminina porém rouca, não tem como confundir.

O programa vai ao ar todo dia que tem jogo de time carioca, ou seja, praticamente toda quarta e quinta à noite, e sábado e domingo à tarde.

Hoje, por exemplo, eu tô no ar. Pra quem mora no Rio e ouve rádio, é só sintonizar na 101.3 a partir das 22hs. Tá na Internet? Faça o mesmo que qualquer pessoa de qualquer lugar do mundo: no mesmo horário, acesse www.transanet.com.br/rjpop e clique em OUÇA AGORA no canto superior esquerdo da primeira página do site.

Gostou? Quer comentar sobre o jogo? Mandar uma letra prum amigo, namorada ou jogador do seu time? Manda pro promorj@transanet.com.br que a gente lê no ar! Fala que me conhece e eu leio. :)

Quer participar ao vivo? Liga pra (21) 3878-2929 e me manda um alô!

É isso, tomara que dê pra vocês ouvirem. Se não hoje, amanhã sintoniza ou entra no site a partir das 20hs que lá estarei novamente, no jogo do Botafogo x Atlético Mineiro, pela Copa Sulamericana. Depois, só domingo a partir das 16hs.

Beijo!

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Devaneios - parte II.

Eu já não sei te amo. Nunca cheguei nesse ponto, se amo e não sei mais, ou esqueci mas não tudo. Não sei que nome tem isso. Isso, essa falta que às vezes sinto - já não sei se é de você. Não sei porque nunca tive outro amor. Será que se eu já tivesse tido, a falta seria do sentimento, da sensação no coração? Sei lá. Tenho saudades de namorar, às vezes, mas necessariamente de namorar você? Não sei. Eu, sinceramente, não sei. Confesso que às vezes esqueço suas feições, mas jamais de certas frases. Não consigo lembrar do seu gosto, nem do cheiro, mas do toque, do carinho, das preferências, eu lembro sempre. Esquisito. É um passado tão distante, que por vezes se faz tão presente, que me assusta. Tenho medo de te ter no meu futuro em qualquer lugar que não seja do meu lado, ou definitivamente pra trás. É esse meio do caminho que me incomoda, esse passado que ainda não foi de vez, e esse futuro que teima em não chegar. É esse não saber que me irrita e aumenta minha dúvidas, quebra minhas certezas e me tira as palavras que descrevam como eu tô. No momento, eu só sei que tô sozinha.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Devaneios - parte I

E quando eu acho que as coisas estão melhorando, o destino trata de me fazer tropeçar. E todo o tempo passado, todos os degraus caminhados somem num segundo. É como se tivesse sido ontem. Que te tinha comigo, que não tinha te perdido. É como se tantos dias, tantos meses simplesmente não passassem de cronologia. No meu mundo, no mundo de quem não esquece, a contagem não é bem essa. A gente leva, e quem vê não diz. Em certos casos, nem quem ouve. Quem sabe, quem sente, costuma esconder. No máximo, deixa subentendido. Porque o silêncio dói demais, mas o fio de esperança infundado é de dar dó. E a gente já sabe os estereótipos: aquele que finge dor, e aquele que sente em vão. Os que vivem nesse meio do caminho por tempo demais se perguntam onde erraram que nem perceberam. Eu me perdi, nesse imenso "tô vivendo pra aprender." Eu tô, os dois. Mas cheguei num ponto que já acho melhor sobreviver e permanecer na ignorância. Quem aprende a sofrer é mais forte? Tenho a impressão que não - quem sofre demais perde a coragem de tentar de novo. E eu não quero ser assim.