quarta-feira, 29 de julho de 2009

Platônico

Eu fui apaixonado por ela por o que, uns 5 anos. Ou mais, nem lembro. Era de me deixar sem respiração, quase que literalmente, quando ela passava perto. Quando não, eu travava, confesso: ficava de longe olhando cada gesto, cada sopro na franja lisa que caía no olho lindo dela. As risadas, conversas. Aprendi a ler lábios ali. Fiquei bom nisso, e descobri que ela era apaixonada pelo babaca do garoto loiro da série acima da nossa. Era sempre assim, elas queriam os mais velhos. Tá, ela também era mais velha do que eu, seis meses, mas era. E eu ficava só olhando.

Eu nem ficava com as outras meninas, até bonitas - eu queria ela. Eu sonhava era com ela. Sabe, confesso que me sentia um babaca, pensando tanto numa pessoa que literalmente não sabia nem quem eu era. Sabe quando uma pessoa olha pra você e o olhar atravessa seu corpo? Ela fazia isso comigo. Olhava na minha direção e nunca encontrava meus olhos. Eu e um pombo? Eu perdia. Ela odiava pombos (depois de um tempo, a gente aprende muita coisa observando as pessoas), mas eu? Nem sabia que existia no mundo.

Só o meu melhor amigo sabia dessa minha paixão. Eu sempre soube disfarçar. Ou pelo menos ninguém nunca veio me perguntar nada. Eu não queria conquistá-la, não tinha essa ilusão. Se só de sentir o perfume daquele cabelão quase preto passando na minha frente, eu sentia meu coração quase sair pela boca, imagina decorar as falas se tivesse que lhe dirigir a palavra? Jamais, nunca nem passou pela minha cabeça que isso pudesse, um dia, acontecer. Ela gostava de loiros, não de mim. Nunca de mim. O mais novo, o mais idiota.

Mas isso foi há 5 anos, ou mais, nem lembro. Depois disso, eu saí da escola e comecei a achar um saco ficar gostando de quem nem sabe que eu existo. Comecei a ficar com outras meninas, arrumei umas namoradas e passei a ter uma vida de relacionamentos normais. Comecei a me achar um adolescente meio doentio, com aquele amor todo e platônico. Me disseram que era normal, todo mundo já teve um. Que seja. Já nem lembrava mais como ela era, por que eu gostava tanto daquela boca carnuda que ria no recreio.


Então eu frequentei boates e numa dessas, quem encontro? Os cabelos lisos quase pretos balançando. Mas os olhos, dessa vez, olhavam na minha direção. O garoto de 12 anos voltou, com força total. Virei o copo de cerveja - precisava tomar coragem. Era ali ou nunca mais. Fui lá. Nem sei o que disse, se condizia com as coisas que eu nunca ensaiei dizer. Ela riu. Ali, pra mim, na minha frente. Eu não precisava mais ler seus lábios. Só beijar. E beijei. E ficamos juntos, e ela me disse que sempre gostou de mim à distância, que me olhava na época do colégio e fingia não me ver. Trocamos telefones, virei as costas e fui embora.

Sabe que nem achei tanta graça assim?


terça-feira, 28 de julho de 2009

Dica de livro?!

Minha irmã começou a ler "Coisas que toda mulher inteligente deve saber" e me disse o que eu já imaginava: livrinho cheio de clichês. Normal. Tudo que vende muito é recheado do óbvio, mas só porque é o óbvio que as pessoas tanto sabem e nunca fazem, ou conseguem escapar dele.

Dizer que é intolerável ouvir certas coisas da pessoa que supostamente te ama é fácil, quando você está apaixonado por esse alguém e treme na base só de pensar sua vida sem ele, ou ela.
Sustentar uma postura de que a traição só acontece quando a mulher ou o homem deixam de se cuidar é mole, quero ver quando você já tem uma relação de mais de 3 anos e seu companheiro está careca de te ver cheia de espinha enquanto você não consegue perder essa barriga infernal.


Disse minha irmã que já leu inúmeras regras com as quais ela concorda, mas reconhece que se viu concordando e se vendo descumprindo a maior parte delas na sua última relação. Ela me lembrou que a gente só acerta da segunda vez, e que a primeira é só pra aprender mesmo.
Comentei que uma vez ouvi alguém dizer que não é errando que se aprende, e sim com acertos. Não concordei e nunca aprendi nada realmente, até começar a errar. É aquela velha história, a experiência só chega quando aquilo que queremos não chegou.


Ainda não li o livro, mas irmã me disse que vai me emprestar ainda essa semana: segundo ela, é um prato cheio pro meu blog, essa coisa cheia de clichês e contos rotineiros que todo mundo sabe, todo mundo já viu em algum lugar e já passou por isso também. Ou não, e procura acertar com os meus erros. Se eu ligo? Que nada - faça muito bom proveito.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Um final feliz

Ouço e vejo sempre as pessoas reclamando ter encontrado os amores de sua vida tarde demais. Lamentações do tipo 'ah, se eu tivesse te conhecido antes...'. Antes do quê? De ter construido toda uma história com outra pessoa, de ter vivido outras experiências? Por que isso é tão ruim assim? Eu tenho um pensamento completamente oposto e acho que as coisas acontecem no momento certo, por mais que isso possa ser perto da casa dos 50 ou até mais tarde. Talvez porque eu tenha 23 anos e nem vivido metade disso eu vivi, mas tem um certo sentido no que penso.

Sem dúvida deve ser algo doloroso você só conhecer a 'pessoa certa' depois de ter casado e tido filhos com a 'errada'. Mas sabe, eu sou a favor de que essa coisa de pessoa certa e pessoa errada muda conforme o tempo passe. Sim, porque você pode ter considerado o poia do seu ex um cara perfeito, em certo momento da sua vida, principalmente quando estavam juntos, e até pouco tempo depois de terminados. Ele deve ter feito alguma besteira, e desde então você o considera errado. Pode ser, mas um dia ele foi certo pra você. E você pra ele.

Provavelmente há alguns, ou há muitos anos, você não reconheceria o que, hoje, você vê como perfeição, ou perto disso, na pessoa certa pra você. O que hoje você gosta (ou desgosta) talvez venha mudando com os anos e você nem notou. Nossos interesses, objetivos e planos costumam mudar, mesmo que não totalmente, conforme o tempo passa. Adiar viagens, priorizar um sonho que você passou a ter há menos de cinco anos. Essas coisas que a gente nunca presta atenção quando lamenta por uma história que já foi escrita, ao invés de tentar começar esse parágrafo agora.

Que é muito mais fácil lamentar do que realmente fazer alguma coisa, mudar a vida, começar tudo de novo a certa altura do campeonato, isso é. Utopia pura, dizer que a vida começa aos 40. E quem sou eu, com pouco mais da metade disso, pra falar alguma coisa... Mas ainda sou a favor da realizações de sonhos e dos finais felizes. Só que, claro, pro final ser feliz ou não, jamais caberá a mim dar esse ou aquele conselho, ditar esta ou aquela regra sem garantia de futuro. Mas o meu final feliz eu posso fazer, e vou. Aos 23, ou aos 50 anos, que seja.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Amadureceu?

Geralmente quando acabamos uma relação, a tendência é aprender com todos os erros cometidos e amadurecer na relação seguinte. Claro que isso não é regra nem acontece de uma hora pra outra, mas a maioria funciona assim e é o que todo mundo pensa: 'depois de tudo que passei, certamente sou uma pessoa mais forte'. E é verdade. Depois que a gente passa por situações que colocam certas coisas à prova, como num relacionamento amoroso, é regra nos sentirmos calejados pra qualquer outro tipo de relação que possa vir no futuro. Nos sentimos porque estamos, ou no mínimo já passamos por muitas das coisas que poderemos passar de novo, e ao menos de uma coisa a gente tem certeza: desse mal, de amor, ninguém morre, se não quiser.

O que os apaixonados de segunda viagem não sabem é que paixões podem ser bem parecidas, mas quase nunca são iguais. Talvez as sensações sejam. Talvez os ciúmes, a química sejam parecidas. Mas os medos também são os mesmos, e por mais que tenhamos passado por isso uma vez, quando esquecemos tudo e colocamos no passado, esquecemos também como agir nessas circunstâncias. Pensa-se no medo já sentido há algum tempo atrás, um medo igualzinho de se magoar e chorar de novo. Agora, talvez um medo maior: dor de primeiro amor é como dor de cizo, que você sabe bem como é ruim, mas nunca consegue passar despercebido e sem cometer os erros de sempre. Você acaba falando mais do que deve...

Mas tem aqueles que não sentem o medo. Gostam, sabem que gostam. Sabem que sentem ciúmes, fazem cenas e não é fingimento, sofrem mesmo. Dizem-se amadurecidos, calejados pelo tempo e vacinados contra a ideia de que amores são diferentes. Os amores são iguais, nos fazem sofrer da mesma forma e é dessa mesma maneira que supera-se com o tempo e parte pra outra. É, uma hora termina, é bem provável que não seja pra sempre. Ora, se todas as relações atenteriores não duraram eternamente, esta tem 90% de chance de acabar. Certo? É, faz sentido. O que não faz sentido algum é uma pessoa dessa se sentir madura. O fato de já ter passado por uma relação de amor não faz de ninguém preparado pra próxima. Talvez familiarizado, mas só.

Ter medo de sofrer de novo, e por isso aprender a podar sentimentos e sensações, temendo uma mágoa já tão conhecida e apavorante não é sinônimo de amadurecimento. Crescer depois de um momento de crise é reconhecer que errou também, não importa o motivo do fim da relação. É aprender com esse erro, e tentar entender o erro do outro. É ter paciência caso o destino coloque no seu caminho quem cometa os mesmos erros que você cometeu um dia, pra que você tenha a entendimento que outra pessoa não teve contigo. E tentar fazer com que dê certo, de verdade, não se baseando em números e estatísticas. Fazer parte da minoria pode ser incrivelmente bom, afinal quem sabe disso não conta.


quinta-feira, 16 de julho de 2009

Basta uma

A paquera vai de vento em popa. Você já viu o carinha com os amigos em bares, em boates, até em uns shows. Que charme! Viu ele indo, e voltando do trabalho. Os olhares sempre se cruzam, mas não passa disso. Tudo que você sabe é o que imagina, porque nem coragem pra perguntar pra alguém em comum você tem. Esbarram-se na esquina da faculdade, seja dele ou a sua, vêem-se bastante. Você achava que ele não tinha namorada, mas sabia que devia sair com alguém, ou algumas meninas, bonito daquele jeito. Você nunca tinha visto ele com ninguém, mas bastou aquele dia infeliz na praia. Você nem sabia que ele frequentava o posto 6. E lá estava ele, com aquela magrela sorridente. Fim da paquera.

Era a primeira etapa da entrevista praquele grande emprego que vocês estava doido pra conseguir. Seu sonho, trabalhar naquela empresa, nem estava acreditando que seu currículo tinha sido o escolhido entre tantos outros, que sorte! Se arrumou todo, treinou pra falar bem, se portar de maneira exemplar, até deu uma estudada sobre como andavam os negócios da empresa. Mas tinha um cara que estava mais bem vestido que você. Ele tinha morado fora do país, falava tão bem que o moça do RH sorriu pra ele. Bastou - você ficou desanimado pela concorrência e esqueceu tudo que tinha preparado.

Foi um ano inteiro de livros lidos, noites viradas tentando escrever algo que prestasse. Você não faltou nenhuma orientação e fez exatamente como seu professor mandou. Achava que a monografia estava perfeita, pediu pra umas cinco pessoas revisarem, e arrumou tudo, formatou de novo, mandou encadernar. Era a hora da apresentação. Você estava nervosa, normal, mas achava que ia mandar bem. Montou suas coisas, levou todo o material pra cima da mesa e virou de costas pra escrever algumas coisas na lousa. Quando foi desvirar, seu ex-namorado apareceu sentado como platéia, atrás da sua banca examinadora. Bastou olhar pra cara dele que você começou a gaguejar, pensando no próximo semestre fazendo outro projeto.

Vocês estavam ótimos, nunca mais tinham discutido por besteira e você resolveu que iria esquecer todos os problemas, considerados agora muito idiotas, se comparados ao que vocês significam um pro outro. O que são esses defeitos pífimos, meu Deus, se vocês se divertem tanto juntos, se dão bem, se entendem?! Nada, ou quase nada. Bom, o suficiente pra você levar a vida e a relação numa boa, sem preocupações por um futuro ainda distante. Mas vocês brigaram. E bastou essa briga pra você voltar a repensar tudo, se vale a pena, se realmente vale a pena abrir mão de certas coisas por uma coisa que sei lá se vai dar certo.

Basta uma. Uma magrela, uma concorrência, uma figura mal-explicada, uma briga de rotina. Mas basta uma e basta - desistência.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Sinais

Um dia me disseram que a gente sempre recebe sinais quando uma relação está chegando ao fim, ou chegando perto de chegar ao fim, se é que você me entende. Um 'chega pra lá' de leve, um 'deixa pra próxima', 'tô cansada'. A gente que não vê. Comecei a observar de fora algumas relações e vi que, meu Deus!, tá na cara e só cego que não enxerga. Ou quem não quer ver... Comecei a perceber como tem gente burra no mundo que sofre porque quer. Bando de idiota.

Aí um dia eu me apaixonei e vi que, nãaao, não fica tão na cara assim esses tais sinais. Ou ficam e a gente, quando ama, não vê? Comecei a achar que o amor não pode ser tão escroto assim. Não pode. O sentimento mais sublime, que mais nos completa, não deveria nos deixar burros, alheios ao que acontece realmente. Como um porre de cerveja, que deixa a gente passando vergonha. O amor que experimentei era como um porre, mas durava muito mais que uma noite e algumas risadas pós-boca seca.

Que seja porque nos fazemos de vítima, pobres vítimas de um amor fracassado ou não, a verdade é que a verdade dói e sim, os sinais aparecem o tempo todo, a gente vê (por mais que finja) mas acaba aproveitando - a gente nunca sabe se vai amar de novo um dia. É, mas e depois que sofre, supera, e acaba amando de novo? Já se sabe que pode amar de novo, e já se reconhece de olhos fechados todos os sinais. O amor virou inteligente. Ainda dá pra aproveitar?

Dá. O problema é saber o ponto certo entre ver os sinais e saber conviver com eles sem achar que estar sozinha é sempre melhor. É saber que sozinha é tão bom quanto estar feliz acompanhada, e quando sozinha for melhor que tudo, talvez esse tudo não esteja sendo tão bom assim. Nada que você não aprenda com meses, relações ou anos, mesmo sem relacionamentos. Aí depende. Mas os sinais, estes estão sempre aí. Seja naquele abraço no meio da Rio Branco, seja num nick despretencioso de MSN.



quarta-feira, 8 de julho de 2009

Categórico

Ele foi categórico: eu não quero mais você na minha vida. Ela ficou olhando com aquela cara de 'ah, amanhã ele me liga arrependido e eu vou perdoar, afinal amor é pra essas coisas', mas no dia seguinte ele não ligou. E nem no outro. Ela foi deixando passar e quando viu já estava vivendo uma vida de solteira que não queria. 'Será que era pra eu ligar pedindo desculpa no dia seguinte?' é o que ela se perguntava todos os dias, por mais que estivesse pagando o carnaval em Salvador e um feriado no iate dos solteiros, não importa. Ela amava o cara, pelo amor de Deus.


Um belo dia ele ligou e ela teve certeza de que ainda se amavam. Se viram, ficaram juntos, mas se amaram? Ela já não tinha mais certeza. Ela olhava aqueles olhos já completamente irreconhecíveis e começou a duvidar do amor que achava sentir. Ela não procurava, mas também não impedia que a achasse. E foi deixando o destino fazer as dele, e foi levando uma semi-vida bem vidinha da qual ela tinha pavor de ter um dia e olha só, estava tendo. Pelo bem do futuro, ela estava nessa pensando que era pra amadurecer.


Ele foi categórico: eu estou feliz sem você. Ela resolveu levar ao pé da letra. Se era por orgulho ou a mais pura verdade, nem um orgulhoso mentiroso nem um indiferente ela pretendia ter na vida. Fincou o pé e sofreu sozinha. Morreu por dentro, mas foi por dentro e ninguém estava lá pra aplaudir o espetáculo. Amadureceu, mas foi ciente de que fez muita coisa errada e que talvez não tivesse aprendido tudo com aqueles equívocos. Mas é que ele foi categórico e ela sabia que esperar pela ligação de amanhã era muito ridículo. E não esperou mais.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Como lidar com o durante?

Em tempos em que namoro é quase a reta final de um relacionamento, chega a soar ridículo dizer que é difícil superar o fim de uma 'ficação'. Terminar um rolo é normal, começa-se e termina-se relações do tipo com uma frequência quase que semanal, dependendo das partes. As pessoas ainda não sabem muito bem como reagir a esse tipo de situação, a verdade é essa. Como é que eu apresento meu ficante pro pessoal? Por mais que se evite circular com o carinha, mais cedo ou mais tarde esbarrar com alguém é inevitável. Ninguém sabe ainda muito bem como se dar bem nisso, e a regra é que não tem regra e cada caso é literalmente um caso, ou um rolo, pra soar menos chulo. Mas que é tenso um final de relação, por menos relação que ela tenha sido, todo mundo sabe.

Ficantes, rolos e até namorados, conselhos pra lidar com esse final, dicas de não ligar, não fuxicar o Orkut, evitar certos lugares, tudo isso é dito pela mãe, pela madrinha, manicure, amigas, porteiro. Todo mundo ensina, cada um à sua maneira, como lidar com esse período tenso que pode ser um final de relacionamento. Como sair pela tangente em certas situações, até conselhos como 'demore tanto tempo até aparecer com outro em locais em que ele ou os amigos podem estar' aparecem, e alguns deles até bem válidos. Nesses casos, as regras são claras: vai circular em outras áreas até a carne esfriar. Quando é que essa carne esfria é que ninguém nos conta, mas isso é sorte.

Tá, passou o período pós-momentos-estranhos, as coisas bem ou mal estão voltando ao normal e, bom, as vidas não podem parar. E aí? O que é que você faz com esse tempo que corre até encontrar alguém que preencha aquele vazio inevitável que o último namorado, ficante, rolo ou coisa que o valha deixou? 'Arruma outro!' Ah, óbvio. E arruma-se, um rolinho é uma das coisas mais fáceis de se encontrar por aí, se você não for muito exigente. Mas você consegue ficar pensando nele quando vai dormir? Lembra dela quando entra na Imaginarium? Sorte a sua se sim, hein? Geralmente demora um certo tempo, ou alguns ficantes, até que isso aconteça. É por isso que a dica perdura: evite se envolver.

'Ah, mas eu me envolvi. Paciência, agora é tarde.' É, amiguinho, a situação complica pro seu lado no quesito 'durante': o que fazer com o tempo que existe equanto a garota invisível dos seus sonhos não vem? Isso ninguém te ensina, né? E nem ache que esse texto vai - eu mesma já me virei em 200 pra descobrir de que jeito é melhor pra driblar a saudade e deixar o tempo passar, ou alguém bacana chegar, o que viesse primeiro. Confesso que nunca descobri, e provavelmente nem vou, mas com o passar do tempo a gente vai acumulando experiencias e dicas que costumam (veja bem, só costumam) dar certo. Leia livros, mas esconda TODOS de romance, e faça o mesmo com os filmes. É só por uns tempos. Intensifique nos hobbies, desde que o mesmo não passe perto do passado recente. Viaje, fuja, se possível e se preciso for. Mas principalmente? Não se desespere. Regras não existem, mas uma certeza sim: vai passar. Sempre passa. Se não passar, pode vir reclamar no PROCON aqui.