sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Alívio


Porque antes de certas situações, a gente fica com uma agonia danada. Mas, depois delas, vem o alívio...


... quando entrega a prova depois de ter certeza de sucesso.


... quando a nota boa finalmente sai.


... quando a gente passa de ano.


... quando sai o último resultado daquele período na faculdade.


... quando você entrega a monografia.


... quando você acaba de apresentar a monografia e vê na cara da sua banca que você passou.


... quando ele (a) liga.


... quando você vê o carro dele (a) e ele (a) sorri.

... quando o cliente fecha a compra.


... quando tudo acaba bem - ou bem como você esperava.




E aí, é esperar a próxima ocasião de agonia, mas dizem que ela fica mais amena com o passar do tempo.


Dizem...

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Agonia

É aquela sensação que não tem jeito, sempre te bate quando...


... a pior prova está chegando e você ainda não teve tempo/coragem de estudar.


... o telefone toca e a bina mostra que é ele (a) ligando.


... o telefone toca e você não sabe quem é, mas imagina.


... você sabe que vai a um lugar onde teu ex vai estar, mas não como deixar de ir.


... chega a conta do celular.


... você liga o computador, precisa entrar na internet e sabe que sempre dá erro.


... a janelinha do MSN começa a piscar e você ainda não viu quem é.


... o celular avisa quem tem SMS.


... o chefe manda te chamar na mesa dele.


... vai dar meia-noite e aí sim, será seu aniversário.


... você quer muito que um dia chegue, mas demora.


... esse dia finalmente chega, mas ainda não é a hora.


... você lembra que é nessa hora que sua vida pode mudar pra sempre.


É, dá agonia, mas quando essa agonia passa, tudo isso vai ter valido a pena.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Até demais

Não conheço quem nunca tenha sofrido por amor que não tenha sentido, nem que seja por um único momento, a sensação de ter feito alguma coisa demais na relação que acabou, principalmente quando ela acabou de acabar. É naquela momento chato de raiva e mágoa que a impressão de arrependimento de ter feito alguma coisa demais vem com tudo, martelando nossa cabeça e desejando com todas as forças que o tempo volte atrás e você consiga ser menos idiota.

Você esquece que, muito provavelmente, tão idiota quanto você foi a pessoa que estava do seu lado, mesmo que não estivesse tão do seu lado assim. Passa uma borracha potente nos momentos de paixão, dedicação, alegrias e centenas de demonstrações de amor. Esquece as fotos que estão nos álbuns (de papel ou de Orkut, talvez Facebook), esquece os sorrisos capturados, você esquece tudo que não seja o amor que deu demais.

Amor demais, dedicação demais. Você contou segredos, guardou coisas que talvez não deveria ter calado, seguro por um sentimento tão grande, tão forte, que hoje você nem consegue pensar naquele tempo sem sentir de novo. Você lembra do que abriu mão pra não ter de perder, e o que perdeu quando não abriu mão de algumas loucuras, que na época não passavam de condições naturais. O amor deixa a gente completamente não-a gente.

A gente faz e deixa de fazer tanta coisa que não tem lista, memória nem terapia que façam vir tudo à tona – não adianta porque não tem. E foi certo ou errado? Ah, quem sou eu para dizer... Se questões de múltipla escolha demandam revisão, só nos cabe deixar a sensação de ter feito até demais pros momentos pós-mágoa. Porque os questionamentos não somem, mas economiza alguns anos de terapia (ou de rugas) se acostumar com eles... sem resposta.



Identifique-se você também no blog Copo de Cachaça (A Verdade Sempre Sai)

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Torsão no coração?

Torci o tornozelo. Eu vivo fazendo isso comigo mesma, desde sempre. Não sou muito amiga dos meus pés. Já cheguei à conclusão que, em outra vida, devo ter arrancado ambos pernas/pés num ataque de ódio a mim mesma ou tive lindos pares dos membros inferiores e não soube dar valor, mas isso é assunto pra outra divagação. Aqui, a questão é aquela dor chata que torcer o pé/mão traz. Não é insuportável, mas um mau jeito te faz ver estrelas. Meio como recuperar-se de uma mágoa.

Qualquer mágoa. Seja um término de relação, uma briga mal resolvida, uma discussão que durou mais aquele momento, enfim, uma mágoa. De início, dói mais. Pode ou não transparecer pra quem vê, ficando roxo, inchado ou não conseguindo esconder a cara de tristeza. Com o tempo, a dor vai melhorando, doendo mais quando a gente pisa de mau jeito, força demais o pé ou insiste em mexer no passado, que não quer (ou não deve) ser mexido.

Aquela dor constante, como enxaqueca leve que consegue durar horas sem cessar, incomodando sem te impedir de fazer quase nada, parece com a do torsão que você ainda não sabe se pode ser tendinite; ou mágoa quer você ainda não sabe se pode ser o fim de tudo, e pior, daquele fio de esperança que você guarda, como o milagre do gesso ou da bota curarem seu pé roxo, sem a fisioterapia, ou sem a fase de depressãozinha chata que não dói demais, mas também não dói de
menos.

Torser o coração de feridinhas pequenas, como a mágoa colecionando pequenos mau jeitos no caminho da cura, é o que mais fazemos pela vida. Tomamos tombos maiores algumas poucas vezes, onde os danos são maiores, mesmo que ainda reparáveis, mas a maioria é só torsão: muita dor, gesso na dorzinha chata e pra curar mesmo, fisioterapia da paciência, que é só tempo e torcida, mas com 'c', pro amor novo chegar.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Sem rancor

Se eu tivesse a chance, faria um feira de reencontro. Veria novamente todas, ou quase todas as pessoas que já passaram pela minha vida. Considerem-me Madre Teresa de Calcutá se quiserem, mas não consigo lembrar de ninguém que tenha cruzado o meu caminho de uns três anos e meio pra trás (é, porque de 2007 pra cá ainda é muito recente, ainda não deu tempo de eu aprender a lição do dia) e tenha ficado muito marcado na minha mente.

Nunca fui de guardar rancor, costumo esquecer até um pouco rápido esse tipo de coisa. Talvez porque eu resolva minhas questões na época em que as coisas me incomodam, ou sorte, que seja, o fato é que eu acho que rancor dá câncer, e desse mal eu não tô a fim de morrer, ou sofrer. Que meu santo continua não batendo com os de algumas pessoas, isso é lógico. Não sou maria-cocô que gosta de agradar gregos e troianos, mas é só. Ignoro e vou em frente.

Infelizmente nem todos pensam, ou agem assim. O que existe de gente que me desgosta por motivos que nem eu sei mais, nossa, perdi as contas. Claro que não me orgulho disso, aliás, pensei muito antes de manchar minha imagem cor-de-rosa que esse blog deve passar, mas fugir da verdade pra quê? Mas não tenho muito o que fazer. Às vezes, se tenho a oportunidade, tento resolver, simplesmente porque é menos chato quando está tudo bem.

É, mas nada disso me tira o sono. Já tirou, só que hoje não mais. A gente cresce, vai acumulando as cicatrizes e acaba percebendo que tem tanta coisa maior e mais importante pra gente se preocupar realmente, que acaba deixando pra lá. Para mim, essas 'resolvidas' que vou dando com o tempo acabam virando alívios bacanas, sabe? Anos sem falar com alguém por besteira, um dia se resolve e pronto. Não volta amizade, mas tudo bem, resolveu. Não deixa de ser bom.

Esclarecer as coisas pode ser doloroso, dependendo dessas 'coisas', é claro. Quem já viu um grande amor com outra pessoa, enquanto esse amor era grande, ou somente amor, sabe como machuca mesmo depois de outros dias, meses, anos e até outros amores. Mas passa, sempre passa. Mesmo que esses esclarecimentos não precisem de todos os lados, de todas as testemunhas daquela ocasião que te doeu tanto. Às vezes esclarecer a gente mesmo com nosso coração já vale o passe pra fora do INCA.

Me segue no Twitter? @tchutchu

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Amor platônico

Venho pensando em falar sobre esse assunto há meses, talvez anos, como nunca pensei antes falar aqui sobre alguma coisa. Blog é livre, o espaço tá aqui pra isso, eu sei, mas o assunto é delicado, e mesmo que sejam poucos, não quero magoar nenhum dos meus leitores. É... Só que eu simplesmente NÃO ACREDITO em amor platônico. Calma, que eu vou explicar, até porque eu também já tive meus 'amores platônicos' nessa vida e aprendi que isso não existe.

Na minha opinião, que fique bem claro, 'amor platônico' nada mais é do que um nome para aquele sentimento que algumas pessoas chamam também de paixão - e que eu chamo é de encantamento. Explico-me: quando você não tem nenhum tipo de relação com uma pessoa, é inviável que você possa sentir algum sentimento verdadeiro, ou no mínimo completo. Você não conhece de fato esta pessoa, como pode chegar a amá-la? Não há convivência, você não sente o bafo matinal. Não pode ser amor.

Esse 'amor platônico' é o mais simples, aquele em que você é 'a fim' de alguém. Fantasia histórias, beijos, diálogos inteiros, viagens. Você projeta naquela pessoa um alguém que você inventou, e basta arrumar um namorado, ficante ou qualquer coisa mais real do que alguém que você observa de longe, ou de perto mas não muito e pronto: você saca logo que era 'apaixonadinho', 'encantadinho', sentia um 'amor platônico' com todas as aspas possíveis. Mas AMOR, não era.

Tentaram me convencer que amor platônico existe, sim, quando existe a convivência, como um amigo se apaixonar por outro, ou no caso de colegas de trabalho. Concordo que o convívio até traz a possibilidade do sentimento ser mais verdadeiro, pois há 'conhecimento de causa', você sabe como a pessoa é nos bons e nos maus dias. Mas AMOR? Menos, amiguinho. Amor demanda tanta coisa maior do que almoços, estresses e chopp de sexta-feira...

Quando são grandes amigos e um se apaixona? Isso, use esta palavra: paixão. Mesmo que eu ainda ache pesado você estar apaixonado por alguém que não está por você, prefira esta ao 'amor', mesmo que platônico, e mesmo que entre aspas. Não escolhemos por quem nos apaixonamos? Verdade. Mas ninguém se apaixona da noite pro dia, não é assim que as coisas funcionam - pelo menos não de verdade. Paixões de verão são lindas na adolescência, mas chega uma hora que sofrer deixa de ser charme.

Pelo menos sofrer de verdade, sem platonismo, sem aspas nem nada.

Aos curiosos e que discordam, cliquem aqui.

PS: também não confio muito no Wikipédia, mas é só pesquisar sobre Platão que, nesse caso, está certinho!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Só porque eu (não) namoro

Você ouve piadinhas só porque (não) está namorando? Bem-vindo ao mundo de todas as pessoas desse mundo. Literalmente. Porque as piadinhas existem sempre, e por mais que falemos nelas, que critiquemos, aceitem, amiguinhos: ela jamais deixarão de fazerem parte do nosso dia-a-dia. A gente é que precisa aprender a não deixar que elas irritem demais - mesmo que alguns dias você se permita xingar muito no twitter. Ou no blog.

Parece que foi ontem quando eu estava solteira e era mais certo que vuvuzela em dia de jogo na Copa: conhecia alguém e a pergunta 'como não tem namorado? Por que, meu Deus?' vinha voando. Eu, honestamente, que não vejo problema nenhum em estar sozinho. Acho a frase 'solteiro sim, sozinho nunca' tão ridícula quanto digna de pena. Se você não tem nenhuma relação estável, você ESTÁ sozinho, meu amor.

Eu, que teoricamente estou numa relação estável, considero-me sozinha. Todos estamos. Temos amigos, colegas, familiares, namorados, mas no fundo, a única certeza é de estarmos sós. Provavelmente não estaremos sempre, mas geralmente. E qual o problema nisso? Quem não sabe viver sozinho eu sugiro que aprenda. Nada melhor do que pensar sozinho em planos do futuro e repensar nas atitudes já tomadas.

Idéias de respostas, dependendo do seu humor:

- Você sai sozinho? Mas não namora?
- Namoro, mas vai que encontro coisa melhor, né? piadinha com pitada de humor
(A cara de bunda da pessoa já vale)

- Bonita desse jeito e sem namorado? Ah, você deve ser muito exigente.
- Sou mesmo, tipo esse seu dente amarelado eu não tolero. mau humor claro
ou
- Pois é, eu peço tanto que escovem os dentes, sabe? piadinha de leve

- Aposto que tem ficante...
- Tenho, pô, tô só esperando ele terminar com a namorada que vira sério! sarcástica

- E aí, casa quando?
- Ano que vem, mas é só pros íntimos... piadinha quase séria
ou
- Olha, eu já casei... (meio sem graça porque não convidou o pentelho) piada séria
ou
- Quando tiver din din! piadinha leve

- Passando o rodo, aposto!
- Pior que não faxino nem minha casa... piadinha leve
ou
- Sou virgem. com cara séria

O curioso? É que, invariavelmente, esses questionamentos vêm de pessoas que não dão lá bons exemplos de bons parceiros em suas relações. Repare! ;)




PS: você sabia que eu escrevo a coluna T.P.M. no Pecado Fashion? Clica em cima do nome e leia, o site é ÓTIMO!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Casa quando?

Eu tinha até esquecido de escrever sobre isso, mas claro que as pessoas voltam nessa questão, deixando-me novamente sem entender absolutamente nada: por que todos que não me vêm há 2, 3 anos (ou pessoa qualquer, sem parâmetro definido) perguntam quando eu me caso? Estou ficando velha aos 24 anos? Até onde sei, ainda se pode ser solteira com essa idade no século XXI. Ou não? Confesso que não encontro explicação plausível e qualquer comentário que me ajude nessa questão é MUITO bem-vindo.

Acho que o questionamento começou esse ano, se não me engano. Quando o décimo cidadão me veio com essa pergunta, cansei de não entender e deixar pra lá para começar a ficar preocupada. Estou com cara de mulher desesperada para vestir branco, ter minha própria casa, ser mãe? Porque nunca, que eu me lembre, coloquei em pauta o assunto 'meu sonho é casar', ou 'queria muito um filho ontem'. Nunca. Então me veio a questão da idade: 24 anos deve ser o grito 'MEU DEUS, ME ARRUMEM UM MARIDO' e só eu não devo estar sabendo.

Mas ninguém, até hoje, mencionou a idade como motivo da pergunta. Algumas pessoas disseram que 'estou sempre namorando'. Hum. Sempre fico, no mínimo, um ano solteira entre uma relação e outra, e tive umas três relações 'sérias'. Isso é 'estar sempre namorando'? Permaneci sem entender esses padrões loucos que as pessoas taxam o 'nunca' e o 'sempre'. O povo costuma passar anos sem assumir um compromisso, mas está ficando com 5.698 pessoas ao mesmo tempo, uma atrás da outra, de uma vez só. É o título de solteira que conta? Deve ser.

Outros alegaram que meus namoros duram muito. O que seria essa definição de 'muito'? 7 meses um cidadão, 1 ano, 9 meses e uma semana outro e 1 ano, 9 meses e 15 dias o atual? ISSO É MUITO? Isso é um passo para o casamento? Porque se for, estou com medo de não me divorciar nos primeiros cinco anos de casada e ficar com fama de carola ou qualquer coisa parecida. O que ocorre com o mundo, que vem achando milagre da natureza, algo sobre-humano, uma pessoa possuir uma relação estável de, sei lá, DOIS meses?

Não sei o que se passa na cabeça das pessoas, mas honestamente não estou nem aí, tanto que havia esquecido de escrever sobre os que me querem casada amanhã. A vida é minha e se eu fosse seguir um décimo dos conselhos que ouço, me dá até medo do que eu seria, ou de onde estaria. Porém, confesso que me surpreendo com esses tipos de pensamentos, sabe? A não ser que haja uma outra explicação por trás disso tudo, e eu é que não descobri porque não li nas entrelinhas.

Você leu? Então me conta.