sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Talvez


Talvez estejamos muito bem
Você com a sua vida
E eu na minha também

Talvez estejamos muito bem
Você eu não sei o que faz
De mim, você sabe ou nem?

Talvez estejamos muito bem
Sem saber se ainda nos amamos
Nem quando a saudade vem

Talvez estejamos muito bem
Mas se você resolver voltar
É só uma palavra: 'amém'.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Não que eu estivesse

Não que eu estivesse mentindo
Quando digo que sou feliz

Não que eu estivesse mentindo
Só porque vivo rindo

Não que eu estivesse mentindo
Não sou assim, tão atriz

Não que eu estivesse mentindo
Quando saio nas fotos sorrindo

Não que eu estivesse mentindo,
Mas é que não tenho por que te ligar

Não que eu estivesse mentindo
Mas se você não me atende, olha o ridículo que eu vou pagar

Não que eu estivesse mentindo
Quando escrevo tanto

Não que eu estivesse mentindo
É que eu ainda te amo

Nina Lessa

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Completamente

Posso estar completamente errada
Com essa minha ideia insana
De gostar desse momento
Onde não me encontro apaixonada

Posso estar completamente errada
Com essa minha fé inabalável
Em gente que pode ser fiel
Nesse mundo tão intratável

Posso estar completamente errada
Quando, mesmo no meio de tanta mentira,
Ainda insisto na honestidade
Em rebater cada hipocrisia
Com pelo menos um pouco de verdade

Posso estar completamente errada
Em acreditar num futuro melhor
Mesmo que eu não esteja mais aqui pra ver
Eu planto a semente, não penso no pior

Posso estar completamente errada
Posso não ser lá muito esperta
Posso estar completamente errada,
Mas também posso estar completamente certa

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Poesia - em 15/01/2013

Uma relação sem amor
Uma solteirice apaixonada
Um amor sem reciprocidade
Solidão de amor por nada

Uma verdade que omite um fato
Uma mentira mal contada
Uma tatuagem, um brinco, um casaco
Tem sempre um segredo guardado
Que ninguém conta
Que varrem pro canto do quarto

Qualquer esconderijo é descoberto um dia
Não existe eternidade pra nenhuma mentira
Porque tem verdade que dói
Mas ainda é melhor a dor
Do que descobrir que nunca foi amor.

Nina Lessa

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Você (dezembro/2012)

Você não é nada romântico
Nem eu sou, também
Sei lá, deve ser por isso
Que a gente tenha se dado tão bem

Você não tem nenhuma frescura
Não esquenta com nada
Nem liga de não achar graça
Quando conto uma piada
E eu gosto, mesmo assim
Sua sinceridade não me afasta

Você parece ser grosso
Às vezes um pouco frio, talvez
Mas eu não acho
É por isso que me encaixo
No grupo dos que não sabem
O que fazer

Com medo de te afastar
Acabo me afastando
Com receio de te perder
Acho que acabo te deixando
Será que você desconfia
Que posso, de repente,
Estar me apaixonando?

Nina Lessa

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Espera

Eu espero pelo dia de descobrir um grande mal entendido. Você pensou que eu não queria nada, quando eu tava apaixonada. Eu pensando que você não estava interessado, quando no fundo já estava quase apaixonado.

Espero por uma mensagem no meio do bloco de carnaval, bêbado e escondido dos amigos, pra que ninguém te veja pagando o que chamam de ridículo. Mas você arriscou porque, qualquer coisa, culpava a mistura de vodka com cerveja quente.

Eu espero você vir saber se eu ainda tô sozinha, se hoje podemos nos ver bem rapidinho, só pra conversar e continuar de onde paramos - e sabermos o por que termos parado. 

Espero porque até já digitei minha resposta pra sua mensagem. Eu vou estar bêbada, longe, mas esperando pra te ler. E talvez eu culpe o uísque, se mandar mensagem antes de você - e também vou mandar escondida das meninas, elas acham que você nem quer mais me ver.

Será que estamos os dois achando errado?

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Tem gente que a gente não esquece

Tem gente que a gente não esquece
Não importa o tempo que passe
Não importa a quantidade de prece
Tem gente que a gente não esquece

Porque foi bom demais
Ou pior do que a gente merece
Tem gente que a gente não esquece
Seja pela saudade
Seja pelo estresse
Tem gente que a gente não esquece

Que venham amores
Paixões e affairs
Que venham dores
Que venha o que vier
Mas tem gente que a gente não esquece
E talvez não esquece
Porque não quer

Nina Lessa

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Eu vou parar de escrever


Eu vou parar de escrever por um tempo
Tem muito mais mágoa aqui dentro
Do que sentimento

Então eu vou dar uma brecha
Abrir um pouco a porta, só uma frecha
Depois eu abro a janela

Vou parar de escrever
Não sei mais falar de amor
Só de doer

Então eu vou parar um pouco
Só até que volte de novo
A bater mais forte

Pode ser daqui a um tempo
Ou essa semana, ainda
Por enquanto sem amor, só sorte

Eu vou parar de escrever
Pra que esqueça o que não tem mais
Pra que possa chegar um novo 'você'

Mas até lá,
Eu vou parar de escrever

Nina Lessa

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

E depois (2012)

E depois de tanto tempo
E depois de tanta gente
Confesso que não esperava
Não assim, de repente
Aparecer alguém que me mudasse o pensamento

Não tô apaixonada
Nem nada
Mas acho que voltei a sentir
Coisa que já não fazia
Há tempos alguém não me confundia
Nem trazia
Sentimentos

Pode ser que não seja nada demais
E nem me preocupo muito com isso
Só que é boa essa sensação
Essa ausência de vazio

É como se houvesse esperança
Depois do temporal, a bonança
A volta do frio na barriga
Mas não deve ser amor...
Ou seria?

Nina Lessa

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Amenidades

Pior do que o fim é ter que se acostumar com as amenidades. Como é que vão dar dois beijinhos depois de tantos dos melhores beijos que você já deu na vida? Como é que vai dar tapinha nas costas, depois de tanto cafuné no sofá da sala vendo Altas Horas no sábado de noite, depois de pés enroscados embaixo da coberta vendo Friends? A gente não sabe lidar com as amenidades.

Aí o jeito é torcer pra não esbarrar na rua e ter que agir normal quando a vontade é de contar que viu aquele filme que vocês iam ver juntos. O jeito é rezar pra todos os santos, mesmo que você não seja católico, só pra reforçar que ele não apareça nessa festa que você queria tanto ir. Sim, só o risco de presença consegue deixar borboletas sacudindo seu estômago.

Porque é incompreensível achar normal não ter nada, depois de um dia ter tido tudo. Você se mata imaginando diálogos e conjecturando pensamentos, conversas, mudanças na personalidade dos dois, porque sabe que só assim vocês podem dar certo, de novo, um dia. Não, você não quer amizade, pelo amor de Deus. Você só não consegue entender essa distância, depois de tanta intimidade.

Pior do que o fim é ter que se acostumar com as amenidades. Mas um dia a gente se acostuma. Ou finge - pra sempre.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

De vez em quando

De vez em quando a gente se ferra
Com as lições que a vida vem dar
De vez em quando a gente aprende
De vez em quando não quer nem pensar

De vez em quando a gente tomar um pé na bunda
Nas outras vezes, é a gente que dá
De vez em quando chora por besteira
De vez em quando nem dá vontade de chorar

De vez em quando a gente inventa problema
De vez em quando a gente evita
De vez em quando a gente vai embora de vez
De lugares que não deveria
Mas a gente cede a vez, e se retira

De vez em quando a gente se apaixona
Às vezes dá certo, às vezes não
De vez em quando a gente tenta gostar
E sempre percebe que não adianta forçar

De vez em quando se apaixonar é recíproco
Mas de vez em quando não é
De vez em quando vira amor de verdade
De vez em quando fica só a saudade

E ainda bem que tudo isso
É só de vez em quando...