quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Revendo os sonhos

Um dia eu escrevi aqui que não tinha sonhos. Acho que me expressei mal, ou tentei dizer que não tenho aqueles grandes sonhos que as pessoas costumam colocar como objetivos maiores de suas vidas. Como mulheres que não conseguem não pensar em casar e ter filhos, profissionais que sonham almejar esse ou aquele carro, uma casa de praia ou de montanha, enfim, um sonho bem específico, que sem ele nada mais teria sentido. Esse tipo de sonho eu acho (ou achava) que não tenho.


Vejo muitas pessoas que sonham mil coisas quando novas e, conforme vão ficando mais velhas, vivendo a 'vida real', acabam desistindo de praticamente todos eles, contentando-se com as escolhas que foram surgindo no caminho que poderia dar no pote de ouro no final do arco-íris. A galera tem tido preguiça de esperar encontrar o duende e acaba ficando com as moedas douradinhas ou de prata que chegam antes. A galera, e confesso que me encaixo nessa.


Quantas pessoas que sonhavam viver de música você conhece que desistiu, seja lá por que motivo? Jogadores de futebol frustrados, atrizes, modelos, engenheiros, médicos, jornalistas perdidos em profissões talvez até semelhantes, mas longe das brincadeiras do play? Porque casou antes, teve filho muito novo, precisou ganhar dinheiro, levou uma rasteira da vida (ou de alguém, tanto faz), os caminhos foram levando pra outras direções.


Concordo com cada um desses aí em cima, mas também preciso admitir que nenhum deles é um empecilho eterno, ou pragmático. Acidentes que deixam sequelas geralmente podem ser revertidos, então não me venha com essa de que uma criança, não. Sou eu mesma discutindo com a pedra que joguei em cima dos meus sonhos de ser escritora, sou eu mesma voltando a malhar pra desenvolver o muque. Porque sou eu mesma quem vou tirar a pedra. Tá na hora.




Do que estou falando? Clique no link e descubra: http://www.maceiobrasil.com.br/2007/nina.php
 

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