quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Comemoração Solitária

Sempre que pensava em formatura, o que me vinha à mente eram duas coisas: a colação de grau e o baile. Em uma, era o momento de agradecer aos pais (ou sejá quem fosse o responsável) pela ajuda principalmente financeira durante a faculdade. Mensalidade (no caso de universidades pagas), materiais, ajuda de custo, literalmente bancar o sonho dos filhos. Na festa, família e amigos escolhidos a dedo para compartilhar essa alegria com o formando.


Quando meus companheiros de jornalismo foram se formando, desistindo ou ficando pra trás, abri mão do baile. Pagar demais para estar somente com as pessoas com quem estou toda semana, todo dia ou algo parecido não fazia sentido. Pensando na colação de grau, comecei a pesar quem eu gostaria que estivesse na platéia, e por que motivos. Cheguei à conclusão que não fiz questão de rosto quase nenhum.


Achava que queria ouvir gritos quando chamassem meu nome, mas depois pensei melhor e vi que não faz sentido grito algum. Claro que em outras áreas, cursos, faculdades ou para outras pessoas as coisas podem ser diferentes, mas na MINHA faculdade, no MEU curso, na MINHA história de vida, sair da faculdade depois de fazer uma monografia é um mérito meu, e somente meu, pessoal e profissional.


Sei que existem pessoas felizes por mim, mas ninguém traz esse mesmo sentimento no peito. Sei que alguns querem comemorar esse fim de etapa, mas nenhum pelos motivos que eu; ninguém sabe exatamente o que eu passei e não tem palavras que traduzam, como explicar o amor ou a emoção de vencer alguma coisa, ou a frustração da perda. Acho que por isso comemoro sozinha, dentro de mim.


Parece triste, mas me abraçar é algo que eu preciso, quando tudo isso acabar. Só eu sei quanto preciso desse alívio.

Um comentário:

Eduardo disse...

oi nina, é o edu

não sei se vc lembra de mim, mas vc escreveu no meu blog há um tempo atrás, até que a gte se afastou

queria falar ctg, é mt importante

meu msn: edurj20@hotmail.com

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