sábado, 23 de julho de 2011

Devaneios

Hoje eu senti saudades de você. Na verdade, das conversas que a gente tinha, se é que se separa alguém dos papos dela. Enfim, senti saudades. Evito me perguntar por onde você anda ou o que vem fazendo. É um misto de medo de você estar vivendo como se já tivesse me esquecido e torcida por você estar sofrendo ainda, nem que seja só por dentro. Sentimentos pequenos e egoístas, eu sei, e talvez por isso eu evite pensar muito nisso. Ou talvez pelo receio de você, na verdade, estar tão bem resolvido quanto eu. Todo mundo gostaria de ser eterno e inesquecível, né? Eu também.



***


Cheguei à conclusão de que acabou antes mesmo de acabar. Já tínhamos destruído os detalhes, resquícios e até os sentimentos mais básicos - não havia mais nada além de duas pessoas que não poderiam mais ficar juntas. A gente se gostava (e ainda se gosta) pelo que fomos um pro outro, por tudo que já passamos juntos e pela saudade que ainda existe enquanto não encontramos outro amor. Talvez você sinta raiva, eu também me apegava a ela pra não ceder ao "quem sabe se tentássemos de novo" que batia vez ou outra. Mas não dá. Você não cresceu o tanto que eu precisava e eu não consegui esperar mais. Aquela Nina insana era o que estava ficando no lugar da namorada que você escolheu antes mesmo do primeiro beijo. Tentei ficar imatura e me perdi. 

Aprendi que crescer é um caminho sem volta. Quem sabe se você tivesse vindo mais rápido. Mas não veio. E eu já fui.





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