segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Devaneios - parte I

E quando eu acho que as coisas estão melhorando, o destino trata de me fazer tropeçar. E todo o tempo passado, todos os degraus caminhados somem num segundo. É como se tivesse sido ontem. Que te tinha comigo, que não tinha te perdido. É como se tantos dias, tantos meses simplesmente não passassem de cronologia. No meu mundo, no mundo de quem não esquece, a contagem não é bem essa. A gente leva, e quem vê não diz. Em certos casos, nem quem ouve. Quem sabe, quem sente, costuma esconder. No máximo, deixa subentendido. Porque o silêncio dói demais, mas o fio de esperança infundado é de dar dó. E a gente já sabe os estereótipos: aquele que finge dor, e aquele que sente em vão. Os que vivem nesse meio do caminho por tempo demais se perguntam onde erraram que nem perceberam. Eu me perdi, nesse imenso "tô vivendo pra aprender." Eu tô, os dois. Mas cheguei num ponto que já acho melhor sobreviver e permanecer na ignorância. Quem aprende a sofrer é mais forte? Tenho a impressão que não - quem sofre demais perde a coragem de tentar de novo. E eu não quero ser assim.

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