terça-feira, 16 de junho de 2009

Concepções

Escrevo poesias, prosas ou qualquer coisa do gênero desde sempre, desde que me lembro do meu primeiro caderninho, diário ou coisa que o valha. Aos sete anos eu já devia estar no segundo ou terceiro, ou seja, tem tempo. Na época, eu já me metia a falar de amor. Claro que ainda platônico, mas minha veemência de quem já tinha amado e e sofrido tantas vezes convencia a meia dúzia que me lia (ou sempre me enganaram).

Os anos teimaram em passar e eu finalmente me apaixonei por beijos, abraços, toques de mãos: o amor virou real. Foi quando minha concepção de amor ficou meio abalada e eu descobri o que a gente sempre descobre primeiro - a paixão. Apaixonei-me algumas muitas vezes, com durabilidade míni. Veracidade? Sempre. Mas nunca se sabia até quando.

A paixão começou a durar mais e foi aí que tomei meu primeiro pé-na-bunda. Travei: vai que eu deixo a minha paixão durar de novo e caio do cavalo? Vamos deixar como está. Mais algumas paixões, deixei durar mas que não passasse disso. Vieram os sofrimentos, as calejadas da vida e as desilusões. Afinal, que palhaçada esse negócio de amar! Se eu soubesse que era assim, sei não...

O tempo nem passou tanto, mas experiências adquiridas são a razão do amadurecimento. Foi nesse meio tempo que eu comecei a pensar melhor: eu tinha certeza absoluta de que minha concepção sobre o que era o amor mudaria quando eu finalmente amasse pela primeira vez. Pois é, eu ainda não tinha amado. Não como eu sentia que amaria um dia, como eu lia nos livros.

E esse dia chegou. Olha, confesso que era quase igual aos contos de fadas, se os príncipes fossem ciumentos e as princesas meio mau humoradas. Mas que mané realeza tem insegurança ou Tpm! Vi que amar é lindo e fazer planos pro 'felizes para sempre' é maravilhoso. O tombo veio junto com o final nada feliz e eu sabia que um dia ia amar de novo, só que aí...

Eu descubro que conto de fadas a gente nunca vai ter, ou pelo menos não aquela coisa de casal perfeito pela concepção da mídia. Existe perfeição? Eu acredito que sim. Uma pessoa que te aceita como você é e quer somente que você seja um ser humano melhor, só pode ser perfeita. Que preenche o que lhe falta e que falta o que lhe tem de sobra. Isso é perfeição.

E essa perfeição é o que, hoje, eu chamo de amor. Essa é a minha concepção do que é o sentimento de amor. Paixão é coisa de momento, então é preciso apaixonar-se todos os dias, senão não faz sentido dentro de uma durabilidade, de uma relação de verdade. Amor vai além, é mais do que pequenas, do que grandes coisas: amar é perfeito - nem que seja a perfeição na sua concepção.

Um comentário:

danubia disse...

Nossa, adorei o post...é,o amor é assim mesmo. O importante é não desistir e saber se recuperar de cada tombo...

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