sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Você não me ensinou a te esquecer...

A regravação do Caetano pra essa música ficou até mais corna do que a original (ou não?), mas a letra é o que vale. Porque é, ninguém ensina a gente a esquecer um grande amor - muito menos o grande amor em questão. O que é uma grande de uma sacanagem da parte dele, porque ensinar a conviver, ensinar a andar de caiaque, falar francês, andar pelo centro da cidade, tudo isso esse amor tão grande soube te ensinar. A parte realmente mais difícil, aquela que não tem jeito, seja lá quem tenha dado o ponto final da relação, e importando menos ainda por que motivo foi.

Bom, já que o dito cujo - ou a dita cuja - não foi bacana o suficiente em seus dotes de ensinamentos e, como a grande massa dos mortais, você também não sabe esquecer, nada de bem-vindo ao clube. Mané clube. Não é só porque o mundo todo acha supimpa passar 3 anos sofrendo que você deve aderir, por mais que assim todos te compreendam e não reprimam suas atitudes, por pior que elas sejam - e, por favor, que isso não soe como lição de moral. Deixar o tempo simplesmente passar provavelmente um dia funciona, mas esperar pra quê? Porque é mais fácil.

Deixando o óbvio de lado, comecei a questionar algo que muita gente também pensa, como eu: estar com alguém para esquecer outra pessoa é egoísmo, sacanagem? Minha mãe diz que não, se a pessoa tem ciência disso. Hoje eu pensei que, mesmo não tendo conhecimento, se a intenção do suposto egoísta for a de realmente esquecer o grande amor (que apesar de grande, deve ser deixado para trás - lembrando que independe a razão), por que não? Aliás, acho até que o escolhido para isso é um felizardo. O que seria maior do que o amor imenso, para ultrapassar traumas, curar as feridas e ter paciência com as mágoas? Eu chamo de amor de verdade.

É claro que somente a existência de um outro alguém não pode ser pura, senão, aí sim, vira pecinha substituta. Não é isso. Um amor supera outro por razões diversas, e esse novo já vem ganhando daquele velho que, por motivo que seja, teve que ficar no passado. Ponto pro novo amor. No mínimo, o coração machucado deve fazer sua parte e ir, aos poucos, começando a desvendar, SOZINHO, o coração novo. Por que sozinho? Para não correr o risco de ser ensinado e acabar do jeito que começou a outra novela: sem saber esquecer. Por que a gente nunca sabe, mas no fundo, chega uma hora que vai no automático...

3 comentários:

Melissa Catalkaya disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Primeeeeeira a ler
Adoooorei =]

Sua prima Rebeca.

Rebeca disse...

Primeeeeeira a ler
Adoooorei =]

Sua prima Rebeca.

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