quarta-feira, 10 de julho de 2013

O amor e essas merdas

Dói. Levar um fora é sempre difícil, não é fácil pra ninguém. Tem que finja, tem quem beije pra esquecer e tem quem sorria pra esconder, mas que dói, dói. É claro que dói. Levar um pé-da-bunda dói, mesmo que a gente já espere, mesmo que a gente nem goste tanto assim. Dói se tá apaixonado, dói porque é mais um relacionamento frustrado. Mas passa.

É claro que passa. Demora, às vezes muito e às vezes menos. Tem dias melhores, tem dias mais ou menos - e tem dias que você tem a impressão que o coração vai explodir de tanta dor, que não vai passar nunca. A gente sempre esquece que já amou, que já doeu e que já passou. Se vê digno de pena. E tudo bem, o mundo tem até dó da gente  - até a gente voltar.

A gente volta como se nada tivesse acontecido, mesmo com as lembranças latejando, com as saudades apertando cada dia um pouco, cada dia com um pedaço que ficou guardado. A dor no estômago que segura um comentário pra não ter que falar do que já passou; a lágrima engolida quando sabe que do lado de lá a fila já andou. E segura.

Se segura pra não ligar, pra não atender nem falar demais, se não tiver jeito. A gente se protege como uma mãe que passa frio pros filhotes dormirem bem. A gente cuida do coração porque sabe que, depois, é na gente que vai doer, de noite, embaixo das cobertas, mesmo que nem esteja frio. É que faz frio o coração preenchido com o vazio que ficou do lado de fora, no travesseiro do lado.

Mas passa, né? Sempre passa.

3 comentários:

Unknown disse...

Vai passar, mas ta demorando.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Comigo, o remédio foi o tempo mesmo...

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