terça-feira, 7 de abril de 2009

Pode. Nem ligo.

Pode deixar de me ligar. Tudo bem, já não me incomodo se você finge que não sabe mais meu telefone ou simplesmente não quer me ligar. Já não faz mais diferença, tem tempo demais que meu telefone não toca pra sua voz falar do outro lado.

Pode passar por mim na rua e fingir que não me viu. Já doeu demais o 'olá' seco daquela última vez. Guarda pra você seus dois beijinhos no rosto e um abraço de amizade. Eu não quero.

Pode perguntar por mim e pedir pra não me contarem. Ninguém nunca me contou nada mesmo, e eu já cansei de me perguntar se andam te acobertando ou se você realmente nem quer saber de mim.

Pode deixar que da sua vida eu não cuido mais, tem até tempo que não. Sei lá por onde você anda, o que faz ou deixa de fazer. Não sei, ninguém me conta e eu nem pergunto também. Vai que você realmente não se interessa por mim? Chega de passar por pateta.

Pode me perseguir na rua. A essa altura do campeonato eu não fico mais esperando você surgir em cada esquina pra me fazer uma surpresa. Não espero mais que você ainda lembre das minhas senhas e com isso saiba tudo da minha vida. Tenho andado de cabeça baixa. Juro que nem vou te ver.

Pode lembrar e reviver memórias, que eu sei que você guarda e tem todas elas. Sobre as cartas e fotos, se sentir saudades, saiba que tenho todas. TODAS. Pra que rasgar no papel se da cabeça não saem? De fingimento já basta pros outros.

Pode vir ler meus textos, eu não me incomodo. Pra te ser sincera eu nem sei quem vem ou deixa de vir aqui, então sinta-se à vontade pra gozar da dor alheia ou se confortar sabendo que você não está sozinho...

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