sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Experiências

Mais um ano acaba e são mais 365 dias de experiências acumuladas. Coisas boas e ruins, traumas talvez criados como se fossem de infância e você já está quase na casa dos trinta. Mudanças, formaturas, namoros começados ou terminados - ou mais do que relações: amores. Talvez 2009 tenha sido pra você menos marcante do que foi pra mim, ou provavelmente ainda não te disseram pra sentar a bunda ao fim de cada ano vivido e pensar em tudo pelo que você passou naqueles doze meses. Faça isso. Aposto todas as minhas fichas que você vai levar desse período muito mais do que rotina.

Ok, talvez por eu ter perdido uma prima de onze anos pro câncer nesse ano, 2009 teve motivo suficiente pra ser uma merda. Talvez por terem batido meu carro, por eu voltar às intermináveis dúvidas em relação ao que eu quero da minha vida profissional, por ser meu primeiro ano sem um dia de férias (por mais fútil que isso possa parecer), 2009 vai entrar no rol dos anos de mal a pior que coleciono. Mesmo com todas as coisas boas, impressionante como a gente acaba pesando mais as ruins, lá no nosso fundo.

As experiências que a gente acumula servem pra mil coisas, mas acho que a mais importante delas é que nos ensinam a não ter mais medo. Claro que as perdas são únicas sempre, e vão doer talvez mais do que hoje. Mas com o tempo a gente aumenta a certeza de luz no fim do túnel, dia depois de amanhã, dor cessando. Saudade de quem se foi? Aprendi que o buraco no peito nos acompanha sempre, todos os dias, sem cura mesmo. E saudade dos queridos que foram antes da gente não são mesmo pra ter cura - amor é coisa boa, não doença, seja aqui ou do lado de lá.

Dizem que não passamos pelo que não conseguimos aguentar o tranco. Deve ser por isso que, sabe lá Deus por que, não me acharam e eu perdi o enterro da minha prima. Talvez eu não aguentasse mesmo o tranco, até hoje a gente se esforça pra não ter raiva do mundo injusto que tirou ela da gente. De repente isso tudo é mesmo verdade, a vida é um ciclo e tem fim. Como o seu namoro, sua faculdade, o fim do Oasis. Acontece. É aceitar e bola pra frente. No meu caso, a saudade vale. Sobre o resto, sobre o seu resto, deixa pra olhar pra trás de lembrança - sem querer voltar.

Um comentário:

Anônimo disse...

super intenso.. parabens, ninaa

lais

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