sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Ignorância

As pessoas não gostam daquilo que não conhecem nem entendem. Julgam com todas as letras e vontades qualquer que seja a atitude diferente da sua. Usar o termo convencional já nem funciona mais, afinal gostar de Big Brother e posar nua como quem vai à feira já viraram normalidade. A falta de conhecimento sobre as coisas deixa as pessoas ignorantes e extremamente preconceituosas. Ninguém sabe de nada, não quer saber e tem raiva de quem sabe. Até quando esse pensamento ignorante de que todo mundo tem que ser igual?


Não sou gay, mas também não sou católica. Não sou contra o aborto, mas quero casar de branco. Não fumo, mas bebo. Não sou bissexual, mas não vou casar virgem. Não me importa em nada se meu filho for homossexual ou não, mas ficaria arrasada se não pudesse simplesmente ter filhos. Mas se não pudesse, adotaria. Porque a gente é mil coisas de uma vez só. Porque ninguém é igual a ninguém, mas todo mundo merece respeito e precisa respeitar também. Até quando só vai funcionar na teoria?


O que não é compreendido, precisa ser. Há um sem número de tecnologias, livros, profissionais e estudos que esclarecem sobre qualquer assunto. Não se transmite aids pelo beijo, minha gente. Não é abraçando uma pessoa que você vai gostar das coisas que ela gosta; se fosse assim eu seria fã de chocolate e continuo detestando. Homossexualismo não é doença nem escolha. Eu não escolhi gostar de homens, e não sou doente porque até hoje não consegui achar o amor da minha vida.


A ignorância não protege a gente. E se fosse a pessoa que você ama apanhando na rua só porque ele não gosta da mesma coisa que você? Qual o incômodo, afinal? Se existe tanta dificuldade, é porque o medo do diferente deve assustar. Mas não deveria. Dizem que quem muito se incomoda, é porque reprime ou tem medo de despertar uma vontade nova. Pode ser que sim, mas pode ser só ignorância mesmo. De qualquer forma, é preconceito, e todo preconceito é burro.


Vai fechar os olhos pra fingir que não está vendo? Até quando? Espero que não precisemos mais esperar tanto tempo.


À Emily Goltara que, como eu, não admite preconceito algum.

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