sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

E pra esquecer quem se pensava conhecer tão bem?

Ontem fui dormir pensando em você. Tinha tempo que a sua ausência não me pesava o sono. Quase perdi a hora essa manhã, me atrasei pra aula e sei que vou ficar com sono o dia todo. Mas não é isso o que me incomoda. Antes fosse cansaço, o meu problema. Antes fosse você, o meu problema. Porque realmente foi, antes. Mas há muito que não é. Que não somos mais nada que não passado um do outro. Que não nos temos notícias, que não nos procuramos, que não queremos mais saber. Ou queremos mas não fazemos - como eu -, ou fazemos mas o outro não sabe, como eu nunca devo saber.

Incomodou. Saber que de alguma forma você ainda impacta minha vida, é capaz de afetar meus dias, ou meus pensamentos, mesmo depois de tanta coisa, de tanto tempo, me assustou. Não tem fim? Ontem ouvi que demoramos o tempo que durou a relação para esquecer aquela pessoa de vez, de verdade. Ou seja, quem namora dois anos, leva outros dois pra esquecer aquele amor de vez e partir pra outro novo. Na hora não fez sentido, mas hoje quando acordei pensei melhor.

Não que eu viva com a cabeça nos dias que passaram, só fale em você e na nossa história, mas vou enganar a quem, mentindo que você passou e eu parti pra outra? Não sei se gosto mais, e só saberia se te visse – o que, se eu puder escolher, não acontecerá – mas ainda há resquícios. Seus fantasmas ainda atormentam minha rotina e, certamente, as prováveis relações que eu venho tentando manter. Eu te comparo com os outros.

O engraçado (?) é que eu não quero outro você, mas procuro suas qualidades incessantemente. Eu quero seu lado bom e seu lado ruim consertado. Eu quero um alguém que você não foi pra mim, um você que eu passei todo o tempo tentando transformar. E tenho certeza que você procura isso também: uma eu que você amava, numa versão que não consegui ser – uma eu mesma que, se você pudesse, mudava.

As exigências são erradas – eu reconheço, e quando escrevo é porque assumo. Não achei respostas, ainda. Tenho recorrido às soluções rápidas, tentando tapar o sol com a peneira mas, claro, não vem funcionando. A gente aprende é com os erros, eu sei, mas até quando? Se for seguir pelas contas, no total me são o que, dois anos?

2 comentários:

Anônimo disse...

esse foi um dos mais bunitos que li....

adorei em especial essa parte:"E tenho certeza que você procura isso também: uma eu que você amava, numa versão que não consegui ser – uma eu mesma que, se você pudesse, mudava."

tava com saudades devc deu pra matar um pokinho rsrsrrs
bjuuuu

Emilly Goltara disse...

Oi Nina,

Acompanho seus textos há um tempo já. Na verdade não lembro nem mais como cheguei até eles, mas já acompanho desde o fotolog. Graças a isso, resolvi criar um blog tb. E por uma coincidência incrível, entro na sala de aula hj de manhã e quem eu vejo? Pois é, fazemos uma matéria juntas - Documentários - e eu acabei não me apresentando (ia inclusive te perguntar se nas duas outras aulas a Eliana deu alguma matéria). Mas fica aqui a minha admiração pela maneira como vc escreve e sobre o q é escrito. Vc escreve com emoção e acaba passando um pouco do que acontece com vc, mesmo sem querer!

bjs

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