segunda-feira, 13 de abril de 2009

Em 9/4/2009

Lembra daquele referendo sobre o desarmamento no país, em 2005? Eu tinha 19 anos, nunca havia pensado em ter uma arma na vida, mas precisava ir lá votar a favor do fim das armas por aqui. Primeiro porque a gente tá careca de saber a quantidade de gente sem noção, despreparada e até desiquilibrada que porta arma nesse Brasil (e não, eu não estou falando só de bandido). Sou e sempre fui a favor dessa diminuição de maluco com acesso a armas. Claro que eu sei que a violência deveria permanecer a loucura de sempre, mas talvez diminuísse aqui e ali. Já valeria a pena.

Sem entrar em mérito da segurança, que nosso governo, principalmente aqui no Rio, o que menos faz é garantir a nossa, mas enfim. Sempre que estou num dia raivoso e estressante, dou graças a Deus por não ter porte de armas. Considero-me uma pessoa equilibrada. Acho que só bati mesmo em alguém uma meia dúzia de vezes na vida. Uma quando iam me assaltar e todas as outras pra me defender, porque se não o fizesse, nenhuma das 30 pessoas à minha volta o faria e era bem provável que eu apanhasse ainda mais.

Não sou violenta e costumo ter paciência quando se trata de trabalho. Na faculdade não, pelo contrário. Explodo com a burrice, ignorância e falta de compromisso das pessoas DIARIAMENTE. É demais pedir que as pessoas sejam compromissadas com o próximo, no mínimo? Quer ficar com nota baixa? Opa, beleza. Mas o que sua dupla, trio ou membro de grupo tem a ver com isso? Pois é. Mas eu explodo, dou meia dúzia de berro e daqui a um mate de galão e um croissant da lanchonete tá tudo certo. Mas no trabalho são outros quinhentos. Eu não consigo explodir.

Pode ser pior pra mim, e deve ser, porque só quem se estressa sou eu, mas não adianta, pra mim trabalho é trabalho. Sempre fui assim, desde a primeira vez que fiz qualquer coisa em que fosse paga no final (sem ambigüidades, queridos). No máximo, vou guardando e um belo dia falo séria que aquilo me aborrece e acabam me pedindo desculpas. Aliás, eu já disse aqui que DETESTO que me peçam desculpas? Detesto. Nunca gostei disso. Errou? Ok, eu erro mais do que você. Admita, reconheça, e evite de verdade fazer igual. É simples (?).

Vim guardando meus aborrecimentos, explodi não sei, umas duas vezes nos últimos seis meses. Mas ontem... Ai, ontem não deu. Pensei sério: graças a Deus eu não tenho uma arma. Parece piada, mas não é: se ontem eu tivesse um revólver em mãos, quatro ou cinco que agora olham a minha cândida carinha digitando no computador não imaginam que hoje poderiam nem estar aqui. Na raiva, na vontade de fazer justiça por todas as grosserias que aturo, todos os foras que recebo sem necessidade, a gente não pensa. Só atira.

4 comentários:

mariane_va disse...

se eu tivesse uma arma ja teria matado tanta gente... :0
eu explodo com facilidade. paciencia não é meu sobrenome!
:*

Peter Anderson disse...

Se eu tivesse uma arma ontem...
Nem te conto.
Mais no geral eu sou calmo.

Carolina disse...

Eu admiro você...

Unknown disse...

so faltou lembrar do meu aniversario :(

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