quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Você precisa (em 2011)

Você precisa saber que ainda existe amor. Que ainda escrevo textos pra você, e não pra outro alguém. Você precisa saber que penso todo dia, várias vezes por dia, numa desculpa pra te encontrar. Não quero que fique óbvio, talvez nem pra você, o quanto eu não tô feliz assim. Mas você precisa saber que penso na gente, e que ainda voltaria.

Você precisa saber que eu falo mal porque sei do bom que perdi. Quem desdenha quer comprar e eu quero mesmo, nunca neguei. Você precisa saber que não tenho vergonha de sentir amor, porque enquanto houver a dúvida da reciprocidade, é menos ridículo. Você precisa saber que eu morro de saudades.

Você precisa saber que eu preciso de você. Preciso de você me ligando, me ouvindo. Preciso dos seus esporros e conselhos; preciso saber do seu dia e problemas. Você precisa entender que me conhece melhor do que ninguém e só não me liga porque não quer admitir, mas sabe. Você precisa tomar coragem pra voltar aqui - você precisa voltar pra mim.

Em 2011.

Um comentário:

Rodrigo Lacerda disse...

Sensacional Nina!

Vez ou outra, para não dizer a maioria, nos vemos afundados nessas artimanhas que presumimos, sem muita contestação, serem as atuais "regras do jogo" nessa geração de amigos criados como tamagoshis humanos.

Esse xadrez emocional nos sabota. Sabemos bem o que gostaríamos de ouvir, ver, sentir... mas na hora do falar, mostrar, demonstrar, não damos ao outro o mesmo prazer que buscamos.

O privilégio de ser aquele que recebe primeiro para depois dar é encarado como o xeque-mate, a comprovação de que a pessoa sucumbiu ao sentimento antes de você.

É mais garantido optar pela simples repetição de ideia e dizer "eu também", do que encarar a complexidade das dúvidas que precedem o primeiro "Eu te amo".

Transformamos as filosofias puramente românticas de outrora em teorias científicas comprovadas por pesquisas comportamentais de um grupo de 264 indivíduos do noroeste da Escócia.

Essas podem até serem as regras nos dias de hoje, mas esse meu alter ego irracional, puro e ingênuo que quase sempre se guarda em mim mesmo é valioso por demais e também precisa de cuidados. Por isso, gosto de perder vez ou outra, para não dizer...

Parabéns,

Rodrigo

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