quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Amor platônico

Venho pensando em falar sobre esse assunto há meses, talvez anos, como nunca pensei antes falar aqui sobre alguma coisa. Blog é livre, o espaço tá aqui pra isso, eu sei, mas o assunto é delicado, e mesmo que sejam poucos, não quero magoar nenhum dos meus leitores. É... Só que eu simplesmente NÃO ACREDITO em amor platônico. Calma, que eu vou explicar, até porque eu também já tive meus 'amores platônicos' nessa vida e aprendi que isso não existe.

Na minha opinião, que fique bem claro, 'amor platônico' nada mais é do que um nome para aquele sentimento que algumas pessoas chamam também de paixão - e que eu chamo é de encantamento. Explico-me: quando você não tem nenhum tipo de relação com uma pessoa, é inviável que você possa sentir algum sentimento verdadeiro, ou no mínimo completo. Você não conhece de fato esta pessoa, como pode chegar a amá-la? Não há convivência, você não sente o bafo matinal. Não pode ser amor.

Esse 'amor platônico' é o mais simples, aquele em que você é 'a fim' de alguém. Fantasia histórias, beijos, diálogos inteiros, viagens. Você projeta naquela pessoa um alguém que você inventou, e basta arrumar um namorado, ficante ou qualquer coisa mais real do que alguém que você observa de longe, ou de perto mas não muito e pronto: você saca logo que era 'apaixonadinho', 'encantadinho', sentia um 'amor platônico' com todas as aspas possíveis. Mas AMOR, não era.

Tentaram me convencer que amor platônico existe, sim, quando existe a convivência, como um amigo se apaixonar por outro, ou no caso de colegas de trabalho. Concordo que o convívio até traz a possibilidade do sentimento ser mais verdadeiro, pois há 'conhecimento de causa', você sabe como a pessoa é nos bons e nos maus dias. Mas AMOR? Menos, amiguinho. Amor demanda tanta coisa maior do que almoços, estresses e chopp de sexta-feira...

Quando são grandes amigos e um se apaixona? Isso, use esta palavra: paixão. Mesmo que eu ainda ache pesado você estar apaixonado por alguém que não está por você, prefira esta ao 'amor', mesmo que platônico, e mesmo que entre aspas. Não escolhemos por quem nos apaixonamos? Verdade. Mas ninguém se apaixona da noite pro dia, não é assim que as coisas funcionam - pelo menos não de verdade. Paixões de verão são lindas na adolescência, mas chega uma hora que sofrer deixa de ser charme.

Pelo menos sofrer de verdade, sem platonismo, sem aspas nem nada.

Aos curiosos e que discordam, cliquem aqui.

PS: também não confio muito no Wikipédia, mas é só pesquisar sobre Platão que, nesse caso, está certinho!

Um comentário:

Anônimo disse...

NINOKINHA, VC SEMPRE ESCREVEU MUITO BEM... ADORO VIR AQUI DE VEZ EM QUANDO VER O QUE ANDA FILOSOFANDO E INVARIAVELMENTE MORRO DE RIR... AS VEZES FICO COM A PULGA ATRAS DA ORELHA ME QUESTIONANDO... PORQUE VOCÊ TBM É SINISTRINHA, NÉ? MAS NA BOA, PRIMA LINDA... EU SINTO MAIS DO QUE ALEGRIA, É ORGULHO DESSA FORMA DE VOCÊ SE RELACIONAR COM O MUNDO ATRAVÉS DA PALAVRA. BJK CAROL ARANHA

Postar um comentário